A Grande Fábrica de Palavras

Esse livro traz uma reflexão linda e poética sobre o valor de cada palavra que a gente diz. Em um mundo onde as palavras são vendidas e nem todo mundo pode "gastar" o que sente, acompanhamos personagens que escolhem com cuidado o que vão dizer.

DE 6 A 8 ANOS

8/6/20252 min read

A Grande Fábrica de Palavras: o que estamos fazendo com as nossas palavras?

Hoje eu quero conversar com você sobre um livro encantador, delicado e cheio de significados: "A Grande Fábrica de Palavras", publicado pela Editora Aletria, em 2010. Indicado para crianças de 6 a 10 anos, ele tem apenas 40 páginas, mas abre espaço para conversas profundas, inclusive com os adultos que compartilham a leitura.

Esse livro traz uma reflexão linda e poética sobre o valor de cada palavra que a gente diz. Em um mundo onde as palavras são vendidas e nem todo mundo pode "gastar" o que sente, acompanhamos personagens que escolhem com cuidado o que vão dizer. E essa ideia me fez pensar em três aspectos que quero dividir com você aqui.

1. Falar sem pensar: será que vale a pena?

Quem nunca ouviu alguém dizer “eu sou assim mesmo, falo na lata”? Muitas vezes, isso vem de pessoas que se consideram espontâneas, impulsivas e sinceras, mas, na prática, acabam ferindo, magoando e criando distâncias.
Se, como no livro, a gente tivesse um número limitado de palavras por dia, será que a gente usaria melhor a nossa fala?

Palavras podem ser ponte ou muralha. Elas podem construir ou destruir. E talvez seja hora de ensinar, desde cedo, que pensar antes de falar não é fraqueza — é sabedoria. Não se trata de silenciar, mas de usar a fala como ferramenta de cuidado e transformação.

2. Vergonha de dizer “eu te amo”

Esse é outro ponto tocante da história. Quantas pessoas vivem relações inteiras sem nunca conseguir dizer o que sentem? Por medo, vergonha ou travas emocionais, muitos deixam o “eu te amo” guardado — e às vezes guardado pra sempre.

Nós precisamos ajudar as crianças a crescerem com liberdade emocional. Mostrar que é saudável demonstrar sentimentos. Que amor não é fraqueza. Que afeto não se esconde.

E mais: precisamos cultivar relações onde a fala seja bem-vinda. Onde possamos dizer quando algo nos alegra ou entristece, quando estamos amando ou magoados. Relações verdadeiras nascem da comunicação aberta e sincera.

3. Gestos que falam mais do que mil palavras

No livro, há um gesto tão simples e tão profundo: um beijo. Um beijo que diz tudo que as palavras não disseram. E isso me fez lembrar que o amor não mora só no discurso bonito. Amor mora no olhar, no toque, na presença, na gentileza diária.

Uma criança pode aprender a amar observando pequenos gestos: um colo disponível, um sorriso calmo, um “bom dia” que vem com carinho. Palavras são importantes, mas gestos sustentam aquilo que a fala inicia.

Esse livro é uma oportunidade linda de conversar sobre sentimentos, escolhas e relações verdadeiras — seja em casa, seja na escola. E se você quiser levar essa história pra sua estante, aqui vai o link como afiliada da Amazon:

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Assim, além de adquirir um livro especial, você também apoia o meu trabalho de divulgação da leitura infantil com propósito. 💛

Até a próxima leitura!