O menino que aprendeu a ver
Tem alguém por aí com crianças na fase em que estão aprendendo a ler? Se a resposta for sim, aqui vai uma dica de leitura que é puro encanto, sensibilidade e aprendizado: “O menino que aprendeu a ver”, da autora Ruth Rocha.
DE 6 A 8 ANOS
6/3/20253 min read


O menino que aprendeu a ver
Tem alguém por aí com crianças na fase em que estão aprendendo a ler?
Se a resposta for sim, aqui vai uma dica de leitura que é puro encanto, sensibilidade e aprendizado: “O menino que aprendeu a ver”, da autora Ruth Rocha. Neste livro poético e cheio de significados, conhecemos João, um menino como tantos outros — curioso, atento, cheio de perguntas e em plena descoberta do mundo à sua volta.
João, aos poucos, vai entendendo que o mundo está repleto de sinais, palavras, sons, cores... Mas tudo isso só faz sentido quando se aprende a ver. E ver, aqui, não é só com os olhos: é com a mente e o coração. É o olhar de quem começa a compreender o mundo por meio da leitura.
A seguir, vamos explorar três grandes temas que educadores e famílias podem abordar com os pequenos a partir dessa leitura tão rica — e como esse livro pode se tornar um precioso aliado na formação de leitores sensíveis e críticos.
📚 1. Alfabetização com afeto: ler é aprender a ver o mundo
A alfabetização não é apenas um processo técnico — é uma experiência de descoberta. E “O menino que aprendeu a ver” revela isso de forma poética e acolhedora. À medida que João aprende a ler, ele começa a perceber detalhes antes invisíveis, a entender o que significam as placas nas ruas, os anúncios, os letreiros, os rótulos... Ele passa a ver o mundo com outros olhos.
Para educadores, essa leitura é um excelente ponto de partida para trabalhar a motivação para a alfabetização, mostrando às crianças que ler não é uma obrigação — é um superpoder que transforma a forma como enxergamos o cotidiano.
Já para as famílias, a história reforça a importância de apoiar as crianças nesse momento tão especial. Ler com elas, apontar palavras em lugares comuns, criar jogos com letras e palavras no dia a dia... Tudo isso pode fazer da alfabetização uma jornada prazerosa e afetiva.
🧠 2. Leitura como construção de identidade e percepção crítica
À medida que João aprende a ler, ele também começa a compreender melhor o mundo — e isso inclui perceber desigualdades, diferenças, contrastes. É como se a leitura acendesse uma nova luz sobre tudo ao redor. Isso nos lembra que ensinar a ler não é só ensinar códigos, mas ensinar a pensar, questionar, refletir.
Para as crianças, esse livro pode ser o início de uma formação crítica e cidadã, ainda que de forma sutil. Elas começam a notar que há muito por trás das palavras: intenções, mensagens, histórias, ideias. E, com o apoio de adultos atentos, podem desenvolver um olhar mais sensível para o outro e para a realidade.
Para educadores, “O menino que aprendeu a ver” oferece uma ponte para trabalhar temas como letramento, leitura do mundo, empatia e consciência social. Para famílias, é uma chance de conversar com as crianças sobre o que vemos no dia a dia e como isso nos afeta e nos transforma.
Um livro para ver, ler e experimentar
“O menino que aprendeu a ver” é, antes de tudo, uma obra que toca. Toca a criança que está aprendendo a decifrar palavras. Toca o adulto que se lembra da própria infância. Toca o educador que sonha com uma alfabetização mais humana. Toca a família que deseja crescer junto na caminhada da leitura.
É o tipo de livro que pode (e deve) ser relido várias vezes, porque a cada nova leitura, a gente também aprende a ver algo novo — dentro e fora da gente.

